10 anos de Audio Rebel

Na boa: manter hoje em dia espaço no Rio de Janeiro para quem faz música independente e autoral se apresentar ao vivo é coisa de herói. A lista dos que lugares que foram fechando as portas ao longo dos anos é enorme (desde "bonitinhos" como Cinemathèque, Ballroom e StudioRJ até mais "podreiras" como Casarão Amarelo, Beco da Boemia, Kachanga e Show Bar), e simplesmente não aparecem outros para cumprir o papel.

Diversos outros ainda foram desistindo da causa, passando a ter a programação baseada só em festas ou bandas tocando só músicas conhecidas. A vida pra quem tem banda por aqui, ou pra quem tenta trazer gente legal e menos mainstream de fora pra tocar na cidade, está cada vez mais difícil.

E a Audio Rebel tá completando 10 anos. É um negócio impressionante. É pequeno, é modesto, tem limitação de horário, às vezes acaba a cerveja, mas é onde certo tipo de artista hoje consegue tocar no Rio. Gente daqui - e também gente de outros estados e países, acostumados a tocar pra mais gente, com mais cobertura, mas que pra poderem dizer que se apresentaram na Cidade Maravilhosa para o nosso público tão exigente, precisam da Audio Rebel funcionando.

Tá no ar no Embolacha um projeto de financiamento coletivo para ajuda-los nas atividades por mais um ano de vida. Tô dentraço, e de olho na cerveja artesanal. Vai lá.

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