27.10.08

Gogol Bordello no Tim Festival

Andaram complicados os últimos dias. De algumas coisas ainda escrevo aqui - outras, deixa quieto. Mas vou começar falando do que foi bom: Gogol Bordello, sábado, no Tim Festival.

O show foi exatamente a concretização do que eu esperava: uma anarquia no palco, com gente correndo de um lado pro outro, duas dançarinas/backing vocals com roupa de axé music, um acordeon - tudo acontecendo, em movimento, sem interrupção. E muita gente pulando em frente ao palco, com o chão vibrando embaixo dos nossos pés o tempo inteiro. Esse negócio de internet é coisa de louco mesmo. Como é que tanta gente assim conhece os caras, que não tocam em rádio, não aparecem em TV, nem são lá muito hype de blogueiros e críticos em geral? Olhaí, até já pensei num link disso aí com um texto próximo sobre as últimas eleições.

O Gogol é a celebração da mistura - algo que ficou lugar-comum em discursos de tudo que é banda por aí (até banda emo hoje em dia diz que tem influências de tango a MPB), mas que poucos colocam em prática com a profundidade, e de maneira tão orgânica, quanto eles. São herdeiros legítimos de uma linhagem que remonta ao Clash e passa pelo Mano Negra - a antiga banda de Manu Chao, que juntava imigrantes na França para misturar americalatinidades (e mais) ao punk na Europa. Agora, Eugene Hutz leva os ciganos e os bálcãs à Nova York, mas no fim a idéia é a mesma. Não à toa, tocaram lá pro fim do show Mala vida, do Mano Negra, pra deixar explícito o parentesco.

Uma pena o som ter ficado emboladaço como ficou - ingresso caro pra cacete, podiam gastar um tantinho mais da verba nisso aí.

Aproveitei pra testar por lá a camerazinha do meu celular. Ainda não vi como fica na tela do computador - quando der, coloco por aqui. Mas dêem uma olhada neste vídeo que peguei no site de O Globo - reparem no barulho que vem dos pulos da galera sobre o piso colocado na Marina da Glória.


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