Pra não deixar passar em branco
Ontem assisti o pior jogo de futebol da minha vida. Entram na conta as peladas no Aterro e até as disputas de pênalti no corredor do apartamento em Copacabana que eu fazia com meu irmão quando tínhamos ali nossos 4 ou 5 anos de idade. O primeiro tempo acabou com o incrível placar de 2x0 - em finalizações! Apenas duas tentativas de gol em 45 minutos. Uma de pênalti, outra uma cabeçada num escanteio.
Descobre-se depois que ouve um quebra-pau no intervalo, com o Juninho dando piti por ter sido substituído. Se tivesse um pingo de autocrítica, teria abaixado a cabeça e pedido desculpas pela atuação patética. Não só ele, como qualquer um dos outros dez em campo - não se salvou ninguém, do goleiro ao centro-avante. Este último, coitado, ao menos foi o único que tentou.
A primeira coisa, agora, é mostrar aos jogadores que o momento é de mostrar que são homens. Que se importam com os resultados, que têm vergonha na cara, que são profissionais dispostos a fazer seu trabalho da melhor maneira possível. Pra começar a colocar isso na cabeça deles, que mandem o Juninho pra rua agora.
Quanto à parte técnica e tática, considerando o que se viu ontem, tem tanta coisa a ser feita que o tempo disponível não daria nem pra começar a arranhar o problema. Mas o time já teve momentos de bom futebol no ano. A primeira coisa a ser feita, pra mim, é perceber que não dá pra ganhar jogo sem meio-campo, e que não há meio-campo sem alguém que saiba passar a bola. Logo, não é inteligente colocar o único meia capaz de passar a bola pra jogar no ataque.
O time ontem teve apenas dois esboços de jogada, um em cada tempo: uma enfiada de bola para o Souza entrar na cara do goleiro e uma troca de passes interessante, com uma boa abertura de jogo pro Léo Moura cruzar e o Juan cabecear. Nas duas, lá estava o Renato Augusto armando o jogo. Mesmo em noite lamentável e fora de posição, ele foi o único ali capaz de pensar, olhar e passar com um mínimo de eficiência.
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