21.11.07

A pátria na fila, com lata de Neston

Hoje tem jogo do Brasil. Último assunto na cabeça da multidão de rubro-negros que se espalhou por vários pontos da cidade pra tentar conseguir os últimos ingressos para o jogo de domingo contra o Atlético-PR, quando o Flamengo deverá garantir sua vaga na Libertadores do ano que vem.

Não conheço todo o operacional da promoção da Nestlé para poder dizer o quanto eles erraram para não entregar os ingressos no prazo prometido. Mas com certeza, foram muito mal ao não comunicarem o atraso e deixarem todo mundo esperando nas filas, passando perrengue, faltando trabalho. Todo o resto depois foi consequência deste primeiro grande erro. Fosse eu da empresa e estaria imaginando que compensação poderia dar à torcida do Flamengo pra limpar um pouquinho a imagem. E com certeza não seria o Ronaldo.


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É fato que aqueles que assistirão ao jogo nas cadeiras verdes e amarelas do Maracanã podem ser considerados verdadeiros heróis - seja por terem vencido a guerra nas filas, seja por despejarem uma grana violenta nas mãos dos cambistas. Pois parece que serão brindados por Papai Joel com Léo Medeiros entre os titulares. Longe de mim questionar Joel Santana, o inquestionável. Mas...


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Quanto à seleção: é fácil falar mal do Dunga. Nunca foi técnico, convoca o Afonso, empata com o Peru. Mas pensem bem: quando, nos últimos quinze ou vinte anos, o Brasil conseguiu ter atuações e resultados melhores do que está tendo agora, descontando as Copas do Mundo? É sempre mais ou menos por aí mesmo.

O chato mesmo é que, agora, quem veste a "amarelinha" são jogadores que não têm quase nenhuma ligação com o nosso futebol do dia-a-dia. Então, são jogos chatos com jogadores com os quais não nos identificamos. É até engraçado ler o que os comentaristas têm escrito sobre a seleção e de como "todo mundo se decepcionou com o jogo contra o Peru". Devo dizer que futebol é um dos meus assuntos preferidos; não tem um dia em que não converse sobre a matéria com amigos, pai, irmãos e até namorada. E NINGUÉM falou desse jogo.

Vai chegar o dia em que todos verão que a solução para despertar novamente a paixão do Brasileiro pela Seleção não está em trocar laterais, mudar o esquema, dar bronca nos astros para que corram mais ou qualquer outra dessas soluções de que tanto falam os especialistas da imprensa esportiva. E sim em convocar o Obina.

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