Comprei esta semana a Piauí deste mês. Deve ser a terceira vez que compro a revista, que é bastante boa - e tem tanto texto que você até estranha. Realmente, é uma publicação que faz sentido ser mensal, já que é mais ou menos o tempo que você vai mesmo precisar pra dar conta dela.
Uma das matérias nesta edição é sobre o pastor Arlindo - um dos atores que faziam o papel do Bozo no SBT que, depois de atingir o fundo do poço com drogas, bebida etc. etc., converteu-se e agora prega a palavra de Cristo. A história assim, por alto, eu já conhecia, mas a matéria é muito boa. Por ela descobri, por exemplo, que o Bozo foi casado com a Gretchen. E que a Gretchen está se candidatando à prefeitura da Ilha de Itamaracá, em Pernambuco.
Mas acho que a melhor história da matéria é a maneira como Arlindo ganhou o papel que lhe daria fama. O cara já trabalhava na emissora de Sílvio Santos quando estavam fazendo a seleção para o Bozo brasileiro. Um dos responsáveis pela escolha era o americano original, dono da marca. Havia uma longa fila de palhaços veteranos de circo tentando o trabalho, e o gringo ia cortando um por um aos berros, insatisfeito, reprovando todo mundo.
Arlindo foi se revoltando com aquilo e pensou: "vou sacanear esse cara". Se vestiu de palhaço, pegou a senha e ficou na fila pra seleção. Quando chegou a sua vez, começou a fazer gestos e soltar palavrões contra o americano, xingando o cara de tudo. Ele não entendia nada do que o brasileiro dizia, mas só viu a galera toda no estúdio rindo pra burro e pensou: "cara, esse deve ser o palhaço mais engraçado do mundo!" E assim Arlindo ficou com o trabalho.
Ok, talvez a história de que ele pretende gravar uma mensagem póstuma para ser tocada durante o seu funeral seja melhor ainda. Ele pretende ser enterrado vestido de palhaço, com um sorriso no rosto, com a gravação da sua voz dizendo: "venham, amiguinhos, podem tocar!". Genial.
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