8.2.07

Ainda no 13, Zagallo deve ter gostado

Vejam o tipo de saia justa que a presença do Romário pode causar para um técnico.

Lá estava ele, no banco de reservas, no jogo de ontem do Vasco contra o América. Parecia até razoável; ficaria ali, entraria mais pro fim do jogo, com o adversário já cansado e tal. Atrapalharia o time um mínimo - até porque entre o André Dias cansado e o Romário, mesmo hoje em dia, a escolha por André Dias não é mole não.

Mas aí tá 2x0 América, e o time precisa correr. Uma substituição já foi queimada. O time perde um zagueiro. E um cabeça-de-área é expulso - o único em campo.

E, ainda assim, Romário TEM que entrar.

* * * *

O América parecia um time direto do túnel do tempo ontem.

Primeiro, por ser o América, oras. Vencendo o Vasco e assumindo liderança.

Segundo, por ter em campo gente como Júnior Baiano e Válber. Era mais fácil imaginá-los naquele amistoso dos masters do Flamengo lá em Volta Redonda, no início do ano.

E terceiro, pelo patrocínio do Mineirinho. Genial!

De qualquer forma, até que o time da torcida que cabe numa kombi me impressionou em alguns momentos. Sabe sair jogando rápido e sem chutões pra frente, procura tocar de primeira a bola sempre e vira o jogo de um lado pra outro com frequência, o que pega a defesa do adversário desprevinida. Falta mesmo é mais qualidade técnica de boa parte dos jogadores, embora alguns tenham ido bastante bem - gostei de Leandro Chaves e Júnior Amorim, por exemplo. Além de André Gomes, que no Flamengo era horroroso.

Já o Vasco... É um time que teve uma noite muito infeliz, é verdade. Mas, de qualquer forma, acho que tem sido supervalorizado ultimamente. Os cabeças-de-área são muito limitados, faltam laterais e o ataque ficou enfraquecido sem Jean. Mesmo Leandro Amaral não me inspira a confiança que alguns têm nele, depois de tantos anos de ostracismo. O trunfo é mesmo o preparo físico e a sequência do trabalho com boa parte da equipe e Renato Gaúcho.

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