Momento dicas culturais
Ontem, finalmente, fui ver pela primeira vez um show do Reggae B. Sempre tive vontade, mas toda vez tinha alguma coisa que me impedia de ir. Devo dizer que vale muito a pena pros simpatizantes de ritmos jamaicanos. Claro, é muito reggae (sem nenhum cover óbvio de Bob Marley, nenhum oiô-iô-iô nem nada disso) mas rola no meio ska, rocksteady, dub, enfim. E a banda é realmente afiada, de gente que conhece a parada e não faz nada de orelhada. Os trombones, especialmente, são um espetáculo. Escrevi uma resenha pro site do Odisséia, onde foi o show. Quando estiver no ar, eu coloco aqui o link procês lerem.
E meu programa de anteontem foi Mais estranho que a ficção, um filme que muitos comparam aos escritos por Charlie Kaufman (Quero ser John Malkovich, Adaptação - que eu adoro - e Brilho eterno de uma mente sem lembranças). Vá lá, tem a ver pela metalinguagem e pelo quê de fantástico e inusitado, apesar de ser um tanto mais adocicado (na verdade, não vi Brilho eterno ainda, estou comparando com os outros dois).
É sobre um fiscal da Receita (Will Ferrell, que normalmente eu abomino, mas nesse filme está surpreendentemente bem) que, de repente, começa a ouvir em sua cabeça a voz da narradora de sua vida - com sotaque britânico, ainda por cima. E a tal voz, que está sempre certa, dá dicas durante sua narrativa do que vai acontecer com o cara, que entra em desespero tentando descobrir quem afinal está escrevendo aquele livro de que é o protagonista. Para ajudar, procura um professor de literatura, que vai analisando a trama pra decifrar seu gênero e o estilo do escritor, não só para descobrir quem é mas para prever que desfecho poderia estar sendo tramado. Esse professor acaba sendo veículo para comentários do roteirista sobre sua própria história e os macetes e modelos que se usam por aí, assim como a escritora do livro ou até mesmo um médico que aparece no fim. É engraçado.
O filme perde um pouco de ritmo em um momento, fica meio arrastado um tempinho. E tem uma moral da história mostrada de maneira beeeeem didática. Mas tem sacadas muito boas e acaba sendo interessante, rrecomêindo mesmo. Ajuda bastante ter gente como Dustin Hoffman e Emma Thompson no elenco também.
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