É cocada boa, não é?
Comprei a edição retrasada da Piauí, graças à história em quadrinhos auto-biográfica do Angeli contando como o single de Satisfaction afetou sua vida. E aí aproveitei pra matar a curiosidade sobre a revista, que é realmente bem interessante. Não consegui dar conta dela inteirinha em um mês, é realmente muito texto, mas isso não é motivo pra reclamar. Recomendo.
O Rafael chegou outro dia com a última edição e me deu pra ler uma materiazinha: "lê aí e inscreve o Coquetel Acapulco!". Falava do Rock Pela Paz, um mega-show que aconteceria em Pyongyang, capital da Coréia do Norte, pra mostrar que o país não é tão fechado assim ao resto do Mundo.
O texto - já dá pra ler no site - traz uma entrevista com Jean-Baptiste Kim, ligado à rádio Voz da Coréia, do governo. Eles aceitavam inscrições e só pediam que as letras das músicas não falem de guerra, sexo, violência, assassinato, drogas, estupros, sociedade não-governamental, imperialismo, colonialismo, racismo, sejam anti-Coréia do Noirte ou anti-socialismo. Exigências pequenas. Ele disse que não se interessaria pelo Rolling Stones, por exemplo, não por cair em nada disso aí, mas porque aí o evento se transformaria em "Rolling Stones na Coréia" e a mensagem se perderia. Mas o U2, que ele disse não conhecer o som, ele já tinha ouvido falar que seria interessante.
Meio doido, esquisito pra caramba, mas "pô, vou inscrever o Coquetel!" Ia ser engraçado concorrer a algo assim. Via Google, vi que saíram muitas matérias sobre o assunto por aí, em veículos respeitáveis como o Uol ou mesmo o Guardian inglês. Só que o link que achei pro site do Voice of Korea, que falaria do festival, caía numa loja de telefone. Eu hein!
E aí, via Google, clicando pra ler a página em cache (depois vi que tem um link pra isso que não tinha notado no site até hoje), vi que o tal Kim havia tido uma epifania e resolvera tirar seu apoio ao governo norte-coreano. E conta a triste história de sua vida (em meio a ela, se define como "um dos personagens mais hipócritas da História moderna coreana", além de pedir perdão a Deus como católico que é). Por isso, desistira do projeto do festival. E por algum simbolismo que não entendi bem, resolveu colocar no lugar o site da sua nova loja de telefones.
Mas então o projeto todo desse mega-evento dependia só desse carinha? E ele morava na Inglaterra e não conhecia o U2? Ahn?
Mr. Manson deve estar com inveja.
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