
Acabei de ler esse fim de semana o Vamo batê lata, biografia do Paralamas do Sucesso escrita pelo Jamari França. É bacana; como jornalista e como amigo dos caras, o autor acompanhou muito da trajetória da banda e completou suas memórias com extensas entrevistas com os três integrantes. O livro fala de disco por disco, com comentários do autor sobre cada faixa, e vai contando as histórias e os fatos importantes de cada fase do grupo. Tem algumas histórias que até surpreendem a quem tem na cabeça uma certa imagem de "bons moços" deles (tipo quebradeira em quarto de hotel, sair pelado correndo pelas ruas no meio de uma viagem de droga e coisas do tipo). Mas a idéia de que são pessoas simples, amigos e que gostam de verdade de tocar o que tocam continua intacta ao final da leitura.
O livro tem um texto bem informal e até é escrito em primeira pessoa em uma porção de passagens. Mas poderia ter sido mais bem editado; tem alguns errinhos (por exemplo, dá o nome errado da música da Plebe Rude que fala do Herbert, ou cita o nome do local de um show e na página seguinte está a foto do ingresso com um nome diferente para o lugar), além de apresentar a mesma pessoa ou falar de determinado fato várias vezes ao longo do livro como se fosse sempre a primeira.
É bem interessante também pela história do acidente e da recuperação do Herbert Vianna. O livro acaba quando a banda estava entrando em turnê pra divulgar seu penúltimo disco, Longo caminho. Fica a curiosidade sobre o desenvolvimento dele de lá pra cá. Ganhei o último CD, Hoje, no Natal e gostei bastante, é em boa parte como uma volta a trabalhos bem antigos deles, puxando bastante para o ska (aliás, por falar em ska, todo mundo no Slackers & Coquetel Acapulco domingo no Odisséia, hein?). 2A, a primeira faixa, tem tocado no repeat dentro de minha cabeça por boa parte de 2006.
No final, tem um capítulo sobre a história de amor entre Herbert e Lucy, a jornalista inglesa com quem ele era casado e que morreu no acidente que o deixou de cadeira de rodas. Uma coisa curiosa que o livro conta: ela trabalhou no mítico Além do Cidadão Kane, documentário inglês sobre a Rede Globo que assisti ainda calouro na faculdade.
E, tendo terminado o livro, eis que descubro hoje que dia 21/2 haverá uma edição especial da festa RoncaRonca, no Odisséia, com ninguém menos que os próprios tocando. Pois é: uma apresentação dos Paralamas, ao vivo, em trio, no palco do Odisséia! Mesmo já imaginando o perrengue supremo que será conseguir ingresso, conseguir entrar e, uma vez lá dentro, conseguir se locomover, já estou contando os dias.
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