30.6.08

Ainda bem que eu não fumo

A perseguição aos fumantes de tabaco está cada vez mais impressionante. No mundo todo, vão se aprovando leis proibindo o fumo em locais públicos fechados - o último país a aderir à moda é a Holanda. E o mais impressionante na lei holandesa é que a proibição vale inclusive para os famosos coffee shops, que terão que criar cabines específicas, separadas, pra quem quiser fumar um cigarro. Mas isso só vale pra cigarro que tenha tabaco - os de maconha ou haxixe, sem mistura, continuam liberadaços. Ou seja: por lá, já é pior a vida de quem quer fumar um Marlboro da vida do que um baseado.

No Rio, já se baixou uma lei proibindo o fumo em locais públicos fechados, mesmo que o dono do estabelecimento queira permitir. Mas é óbvio que ninguém cumpre. Ontem mesmo estive no Teatro Odisséia e, como sempre, voltei pra casa com aquela nhaca de cigarro tradicional. Óbvio: lá não só se vendem cigarros, como há enormes painéis de propaganda deles na parede. O curioso é a imagem abaixo da propaganda, gigante, do carinha sofrendo de câncer junto ao aviso de que fumar faz mal à saúde - que, pra mim, chamava mais a atenção do que o próprio anúncio.

(Aliás: alguém sabe se quem faz a publicidade pode escolher entre as diversas opções de mensagens sobre os malefícios à saúde em uma propaganda dessas? Eles que escolheram o câncer pra colocar na parede do Odisséia, por exemplo?)

Aliás, minha presença no Odisséia foi para tocar com o Coquetel na abertura do sensacional show do NY Ska-Jazz Ensemble, de que falei no último podcast (tem lá uma música desses, ouçam!). Fiquei quase o tempo todo "embaixo" do guitarrista, que tem uma mão direita monstruosa. Mas o grande chamariz da banda é mesmo Rocksteady Freddie, o saxofonista band-leader que 'ocupa' o palco e chama a galera - que, aliás, deixou a casa lotadaça, ruim de transitar inclusive.

Alguma hora vão colocar videozinhos do show por aí - lamentavelmente eu esqueci a minha máquina em casa e não deu pra fazer. Quando aparecer, eu coloco aqui. Mas quem não foi, perdeu.

Nenhum comentário: